terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Precoce Vida

Precoce Vida
(Rafael Belo)

Nada mais tem seu tempo, tudo se mistura ao descaso delinqüente a querer ser ninguém como nós precoces sem posses sem viver as fases puladas e crescendo incompletos e não crescendo. Acumulando anos sem idade e exercendo a estética. Porres tomados por quem devia brincar, bebês nascidos de quem não sabe se cuidar e ainda brinca com as bonecas que acaba de ganhar.

A vida passa sem se ver e nada mudou, mas, os coletivos lotados aproximam o aperto dos apertados e as conversas se misturam. No papo da idade os filhos vão crescendo em planos pequenos e ambições de luxo, que vêm cobrar sua alma depois. Em um ciclo de amizades o sexo gerou filhos sem proteção e estrutura em todos os sentidos (como um estatus social) e o motivo... Não há mais o que liberar!

Felicidade vendida em uma caixinha de Jontex e um punhado de ego com uma pitada de ganância. Sem surpresa nem esperança, apenas mais distorção do irreal e mais dívidas a não serem pagas. Então, a vida acaba na impotência de se perceber, que assim é o fim e aos 18 já se passou o que antes ao 100 não se passava. E o dom mais precioso parece nada se não valer estatus se não servir de escada para uma maior ilusão, para uma anestesia mais forte em uma sobrevivência de morte onde todos somos cegos e sem nenhum sentido. Podemos ser ignorantes ou ignorados...

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