sábado, 25 de agosto de 2018

O mal se paga com o bem

Doutor se eu não lhe atraso
Espere aí meu amigo
Que eu vou lhe contar um causo
Acontecido comigo
Eu tive necessidade
De um dia ir lá na cidade
Comprar umas besteirta
Café, açúcar, uns balaio
E uns resto de piquaio
Pruque pobre não faz feira

Quando eu fui foi num jumento
Quando eu vortei foi de pés
Foi o maior sofrimento
de légua era mais dez
Da cidade lá em casa
O sol quente feito brasa
E o vento sem dar açoite
naquela travessia
Conheci logo que ia
Chegar a boca da noite.

Quando eu tava descansando
debaixo duma ingazeira
Vi um carro zoando
No tupete da ladeira
aí pensei com meus butão,
eu acho que vou dá cum a mão
E se o home for amiguinho
Pode até me levar
e com isso encurtar
A metade do meu caminho.

Era um carro de alto preço
Por arte do satanás
daqueles que eu não conheço
Onde é a frente nem atrás
Eu fui, falei pro chofer,
Doutor se o sinhô puder
Fazer a mim um favor
Me levá até meu rancho
Eu ficaria muito ancho
e até pagaria o sinhô.

Ele respondeu: "não posso"
Desse jeito memo assim,
"você leva muito troço
E a estrada tá ruim,
E ainda por cima tem outro engancho
Não vou passar no seu rancho
E vou com a minha mulhé
Vá mesmo amassando barro
Que eu não comprei carro
Pra carregar esmoler!"

Deu um cutucão no carro
Que quase bate em mim
Os pneu cortaro o barro
E eu fiquei dizeno assim,
Deus lhe acompanhe doutô
o senhor não me fez um favô
E eu fiquei só feito monge
Vois micê tá apressado
Mas se lembre do ditado
"devagar se vai ao longe!"

Deixei o pé de ingá
botei o pé no camim
Parano aqui, acolá
Devagar devagarinho
o corpo cansado, suado istrupiado
sol quente feito brasa
Passei no campo redondo
E quando o sol foi se pondo
Eu fui chegando em casa.

Da minha casa pra baixo
No riacho dos macaco
Onde tinha uma estrada
que tinha uns buraco
Eu ví um carro parado,
O capô alevantado
Um home e uma mulher.
Eu pensei, vou jantar
depois vou até lá
Pá ver o que eles qué!"

Depois que matei a sede
Depois que enchi a barriga
Fui me deitar numa rede
pra diminuir a fadiga
Do cansaço da viage
E prá criar mais corage
Acendi mais um cigarro
Depois disse a um irmão meu
Vou saber o que se deu
Com o dono daquele carro.

Chegando lá e perguntei,
O que aconteceu meu patrão?
Ele respondeu: "quebrei
A barra de direção!
Mas quando ele olhou pra eu
Que me reconheceu
ele disse: "amiguinho,
Reconheço que errei
Na hora que lhe deixei
Na metade do caminho!"

Eu disse não sinhô
Isso num tem importancia
Afiná aqui estou
E já vincí a distancia
E para mudar o assunto
agora eu lhe pergunto,
no que posso lhe servir?
Se não puder viajar
Vá lá pra casa jantar,
Tumar café e durmir!

Ele ficou meio ancho
A noite tava chuvosa
Teve que vim pra meu rancho
Com sua mulherona orgulhosa
Mandei botar coalhada
Com cuscuz e carne assada
Armei as rede também
E trouxe as coberta depois
Só para mostrar pros dois
Que o mau se paga com o bem." - (Poeta J Sousa)

(ap. Ely Silmar Vidal - Teólogo, Psicanalista, Jornalista e presidente
do CIEP - Clube de Imprensa Estado do Paraná)

Contato:
(41) 98514-8333 (Oi)
(41) 99820-9599 (Tim)
(41) 99109-8374 (Vivo)
(41) 99821-2381 (WhatsApp)

Mensagem 250818 - O mal se paga com o bem - (imagens da internet)

Que o Espírito Santo do Senhor nos oriente a todos para que possamos
iluminar um pouquinho mais o caminho de nossos irmãos, por isso contamos
contigo.

Se esta mensagem te foi útil, e achas que poderá ser útil a mais alguém,
ajude-nos:
(ficaremos muito gratos que, ao replicar o e-mail, seja preservada a fonte)

leia este texto completo e outros em:

[vimeo=http://vimeo.com/286718544]

http://www.portaldaradio.com

#COJAE

Nenhum comentário: